quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Meditações Diárias

17 de fevereiro Quinta


Transmitindo o Perdão


Sejam bondosos e compassivos uns para com os outros. Efésios 4:32


Smuts van Royen, ex-professor da Andrews University, conta a história de um jovem paciente internado no Hospital de Loma Linda que solicitou a visita de um pastor. Assim que o pastor entrou no apartamento, o rapaz falou: “Desculpe, foi um equívoco da minha parte. Por favor, saia do meu apartamento. O senhor não pode me ajudar.” O pastor disse: “Recebi seu telefonema. Vim de longe para atendê-lo. Diga-me, em que posso ajudar?” “Pastor, fui longe demais. Cometi o pecado imperdoável. Tudo o que o senhor disser vai ser irrelevante. Muito obrigado por ter vindo. O senhor pode sair.”


O rapaz havia combatido na guerra do Vietnã e tinha perdido parte do braço. O pastor insistiu para que ele contasse sua história.


“Pastor, fui aluno de um dos nossos colégios, mas veio a época em que fiquei cansado de tudo. Larguei o colégio, a namorada e me afastei de Deus. Logo depois me inscrevi no serviço militar. Colocaram-me no treinamento básico e, para minha surpresa, descobri que tinha a capacidade natural de atirar com precisão.


“Quando terminou aquela fase de treinamento, fui indicado para o grupo dos ‘boinas verdes’. Enviaram-me para o Vietnã. No dia seguinte ao da minha chegada, me deram um fuzil com mira telescópica, levaram-me de helicóptero até um ponto estratégico. Ali subi numa árvore e fiquei à espera de que alguém aparecesse no caminho. Então, escutei uma voz que dizia: ‘Sam, o que é que você está fazendo aqui?’ Lembrei-me da Escola Sabatina das crianças, do coral. Nisso apareceu alguém. Apontei o fuzil e atirei. Voltei arrasado para o acampamento, mas o pessoal falou que dentro de alguns dias tudo seria natural. Matei muitos de maneira fria e calculista. Será que Deus vai me perdoar?”


O pastor leu Isaías 1:18: “Embora os seus pecados sejam vermelhos como escarlate, eles se tornarão brancos como a neve.”


Seis semanas se passaram sem que houvesse melhora em seu sentimento de culpa, até que um dia, ao entrar no quarto do rapaz, o pastor percebeu um brilho em seu rosto.


“O que aconteceu?”, perguntou o pastor. “O senhor não vai acreditar! Ontem, quando o senhor estava sentado perto de mim, olhei nos seus olhos e vi que o senhor tinha me perdoado. Aí eu disse: ‘Senhor, se o pastor como homem me perdoa pelo que fiz, Tu também vais ser tão bondoso como ele!’”


O que as pessoas que erraram estão vendo em nossos olhos? Compreensão, compaixão, alívio para as feridas?

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